No mês de setembro, apresentamos a série "Fragmentos de Memória" e convidamos nossos seguidores a interagir, contribuindo com nomes de personalidades do rádio, TV, teatro e cinema dos quais são fãs. Hoje é o dia de homenageá-los!
Quando falamos de rádio, a nossa seguidora Silvia Torika lembrou das Irmãs Batista, Linda e Dircinha, que fizeram sucesso entre 1930 e 1950 e depois não resistiram às mudanças do cenário musical ocorridas na década de 1960.
No repertório, grandes sucessos, tais como:
Periquitinho verde (Nássara e Sá Roris) – Dircinha Batista;
Nega maluca (Evaldo Rui e Fernando Lobo) – Linda Batista;
Vingança (Lupicínio Rodrigues) – Linda Batista;
Nunca (Lupicínio Rodrigues) – Dircinha Batista;
Ó abre alas (Chiquinha Gonzaga) – Linda e Dircinha Batista;
Risque (Ary Barroso) – Linda Batista;
O sanfoneiro só tocava isso (Haroldo Lobo e Geraldo Medeiros) – Dircinha Batista.
Sarita Catap queria ler um pouco mais sobre Eva Todor, atriz que conta em seu currículo com 21 trabalhos em telenovelas, minisséries e especiais. O sucesso começou no teatro, e ela acabou sendo convidada para seu primeiro longa-metragem, "Os Dois Ladrões", de Carlos Manga, em 1960, quando atuou ao lado de Oscarito. A estreia na TV veio no ano seguinte, contratada pela TV Tupi para "As Aventuras de Eva" e para participar de "E Nós, Aonde Vamos?", última novela da autora cubana Glória Magadan escrita no Brasil, em 1970. Naquela época, os dramalhões latinos estavam entre os principais temas das novelas.
Um dos papéis mais marcante foi o de Kiki Blanche, na novela “Locomotivas” (1977).
Já Fany Avrucik lembrou das atuações de Milton Gonçalves e Laura Cardoso nas telenovelas. Milton participou de mais de 40 novelas, humorísticos e minisséries. Era ator contratado da rede Globo antes da inauguração da emissora, em 1965. Trabalhou também como diretor, com destaque para as primeiras versões de "Irmãos Coragem" (1970), "A Grande Família" (1972), "Escrava Isaura" (1976), além de séries como "Carga Pesada" (1979) e "Caso Verdade" (1982-1986). Foi reconhecido com uma indicação para o prêmio de Melhor Ator no Emmy Internacional por sua atuação como Pai José na segunda versão da novela Sinhá Moça (2006).
A atriz Laura Cardoso é uma das recordistas em televisão: em mais de 60 anos de carreira, soma quase 80 títulos, entre novelas, minisséries, séries e teleteatros. É realmente uma pioneira da TV: atuava nas radionovelas da Tupi e passou pela transição para a TV na década de 1950, quando Assis Chateaubriand colocou no ar a Tupi-Difusora. Muitos artistas do rádio não conseguiram fazer essa passagem com sucesso, mas Laura Cardoso teve êxito e estreou na TV em 1954, a convite da amiga Vida Alves, outra pioneira, em um programa chamado "Tribunal do Coração".
As Pupilas do Senhor Reitor" e "Os Deuses Estão Mortos" figuram em destaque entre as oito que encenou na TV Record (de 1968 a 1973). Voltou à TV Tupi em 1974, onde permaneceu até 1980. Foi para a Rede Globo em 1983 e não se desligou mais da emissora, exceto no ano de 2000, quando atuou na novela "Vidas Cruzadas", da Record.
Na semana em que abordamos o teatro, Patrícia Teplik sugeriu falarmos de Nathalia Timberg e Eva Wilma. Nathalia (1929-) já era uma consagrada atriz de teatro quanto estreou na TV, em 1956. A primeira peça foi "A Dama da Madrugada", em 1948, no Teatro Universitário. No começo da década de 1950, faz sua formação em Paris. Reconhecida no teatro, recebe dois prêmios Molière e um Mambembe.
Tem muitas vilãs em seu currículo. Sua primeira novela na rede Globo, em 1965, foi "Um Rosto de Mulher", de Daniel Más, em que contracenou com atores como Cláudio Marzo, Emiliano Queiroz e Marília Pêra. Como curiosidade, tendo em vista que citamos Milton Gonçalves logo acima, cabe colocar que Nathalia encena com ele a célebre obra "Conduzindo Miss Daisy", isso já em 2001.
Eva Wilma (1933-) é uma atriz que poderia ter aparecido em vários capítulos da nossa série de Fragmentos da Memória. Além de bailarina, destaca-se no teatro, no cinema e na televisão. Foi uma das fundadoras do Teatro de Arena, onde estreou em 1953 com a peça "Esta Noite é Nossa". Durante dez anos foi a protagonista do seriado Alô Doçura, que fez muito sucesso na TV Tupi. Um dos marcos de sua carreira é a peça "Black-Out" (1967), em que interpreta uma cega ameaçada por assaltantes.
Apenas para citar os trabalhos mais antigos, destaque no cinema para "Com a Pulga na Balança" (1953), Cidade Ameaçada (1960) e A Ilha (1963). Nas novelas, "Mulheres de Areia" (1973), "O Barba Azul" (1974), "A Viagem"(1975), todas de Ivani Ribeiro, além de "O Julgamento" (1976) na TV Tupi de SP, "Plumas e Paetês" (1980), na Globo.
Imagens: Laura Cardoso (Instagram pessoal), Milton Gonçalves (memória Globo), Nathalia Timberg e Eva Wilma (Instagram de Eva Wilma).
Fontes: Rádio Batuba, Portal Funarte, Enciclopédia Itaú Cultural, Memória Globo
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